quinta-feira, 22 de junho de 2017


FUTURAS GERAÇÕES.
Por Robson Caetano Da Silva
 Enquanto escrevia estava ouvindo a televisão, acho que por um habito muito displicente de preencher o vazio da casa, afinal não é fácil estar cheio dos melhores sentimentos te blindando contra qualquer coisa que venha de fora para colocar uma ferida na vida da gente, então eis que se inicia um filme nacional e por uma dessas razões inexplicáveis não mexi no controle de canal para mudar.

 Um drama muito bem elaborado para contar a história de uma família que jovem que tem no seu único filho uma anomalia congênita, chamada síndrome de down..., e assim eu fui deixando de lado as teclas de meu computador, as distrações advindas do facebook, instagram, e me peguei assistindo a uma história linda, sobre essas crianças especiais e seus pais ainda mais especiais, onde você vai da admiração pela mãe, até uma certa raiva do pai.

 Agora porque estou contado essa isto? Para dizer o quão importante o esporte se faz na vida das pessoas, no filme, o pai se revolta com a condição do filho enquanto a mãe dedica-lhe amor, carinho e proteção, e por mais que o pai se esforçasse não conseguia enxergar o amor que tinha pelo filho. tem natação, e futebol.

 A relação do casal não suporta a pressão que o pai deposita nela, por ter uma criança diferente, a criança nasce durante a copa de 1982, quando houve aquele desastrosa tropeço da seleção brasileira na Itália, quando Paulo Rossi marcou 3 gols  e se já tivesse essa história de pedir musica com certeza ele iria pedir uma musica de Pavaroti rsrsrsrs...

 O tempo passa, e durante a copa de 1986 acontecem novas descobertas, passa pela copa de 1986, e aquele pai que achava que a criança morreria logo, precisa passar pelo susto de perder a criança para entender a importância dela em sua vida, em função de desacreditar no futebol do Brasil aquele escritor, professor de literatura passa a não assistir futebol, uma das coisas que ele mais adorava fazer.

 Em 1994 o filhotinho já crescido, campeão de natação, mesmo que não tendo chegado em primeiro pede ao pai para assistir a final da copa com ele, e aquele pai diz "assiste você sozinho, que depois o papai te leva para comer uma coisa gostosa", eis que aos poucos ouvindo a vibração do filho, ele se junta ao menino e passa a torcer por uma seleção que tinha Romário, Bebeto, Tafarel, Mauro Galvão, Um Ronaldinho menino ainda, Branco e cia om um Carlos Alberto Parreira, Zagalo na comissão técnica e o titulo vem num chute de Baggio passando acima do lado esquerdo do gol do Brasil, e quando me dei conta estava sorrindo a toa, com lagrimas nos olhos por conta de uma história que podia ser com qualquer pessoa.

 De certo não escolhemos nossos pais, eles não nos escolhem, no máximo planejam quando a gente chega, mas a partir do momento que vem, esse laço se estabelece de forma sutil para o pai, e incondicional pela mãe; eternamente filhos, eternamente pais e com uma questão que me deixou intrigado, como é que deixamos a geração da década de 60, 70 e 80 ficar tão destruída, sem amor pelo próximo, sem Deus no coração? Que tal não deixarmos mais perder para valorizar, que tal sermos mais HUMANOS?!  

 Parabéns Marco Veras e Debora Falabela pelo belo trabalho, alias parabéns a todos que estiveram envolvidos direta ou indiretamente neste filme lindíssimo!!

Um comentário:

  1. Vou assistir!
    E que sejamos mais "humanos" e que possamos amar mais uns aos outros.

    ResponderExcluir